domingo, 30 de junho de 2013

4º dia - Sampa











hoje choveu e esfriou muito, nada de rua! trabalho o domingo todo numa parede do atelier na Vicente Prado onde estou hospedada. enquanto a garoa não dá trégua, as ideias fluem a mil. fiz em formica o projeto para um painel gigante num viaduto aqui próximo. assim que o tempo abrir, estampo na parede cinza. a rua por hora tem sido o lugar de coleta de material, já trouxe pra casa um sofá-cama e uma tábua de passar, além de varias janelas e pedaços de compensado, matéria para os próximos trabalhos.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

1º dia - São paulo









olhos de coruja e de espanto


recebida por garoa e pelo amigo de velhas datas, muita conversa, acolhida com café e afeto.
andanças, contornos, sirenes, jogo do brasil abafado, conversas contidas, metrô, mendigos, putas, pinturas, telas, elegância em varios tons de cinza, céu esfumaçado dilata meu olhar.
mapeamento do espaço, fotos, tentativas de me situar, tudo-aqui-agora, pequenas investidas de deriva. anotações, foco, devaneio. salto. me acho. respiro o ar pesado, vigio os lados, busco, encontro, desejo, relaxo. cá estou.

a deriva na pauliceia por enquanto talvez
















domingo, 23 de junho de 2013

do andar sem rumo


“As grandes cidades são favoráveis à distração que chamamos de deriva. A deriva é uma técnica do andar sem rumo. Ela se mistura à influência do cenário. Todas as casas são belas. A arquitetura deve se tornar apaixonante. Nós não saberíamos considerar tipos de construção menores. O novo urbanismo é inseparável das transformações econômicas e sociais felizmente inevitáveis. É possível se pensar que as reinvidicações revolucionárias de uma época correspondem à idéia que essa época tem da felicidade. A valorização dos lazeres não é uma brincadeira. Nós insistimos que é preciso se inventar novos jogos”.Debord e Fillon (Potlatch, n. 14, novembro 1954

num domingo de junho andando por entre-quadras parei para pintar na 108 norte, brasília. 2013